Apelidada carinhosamente de O.I., a Orquestra Imperial é bastante peculiar. Reúne 18 músicos fixos e vários agregados de peso. Apesar do envolvimento de gente experiente, caso de Nelson Jacobina, parceiro de Jorge Mautner, predominam na formação os representantes de gerações mais novas, como Moreno Veloso, Rodrigo Amarante e Pedro Sá, identificados com a nata da produção pop contemporânea. Em quatro anos de existência, eles já receberam no palco diversos convidados ilustres (o que acabou virando uma marca). De Erasmo Carlos a Caetano Veloso, passando por Lobão e Zeca Pagodinho. Perderam o crooner Seu Jorge no meio do caminho, mas mantiveram-se fiéis à proposta de recuperar gemas do cancioneiro popular, reservando espaço para composições inéditas dos componentes e algumas “bizarrias”. Em qual outra festa seria possível ouvir, na mesma noite, Beija-me, célebre na voz de Elza Soares, Dr. Sabe Tudo, da revelação Rubinho Jacobina, e Owner of a Lonely Heart, do progressivo Yes, em versão sambalanço? A platéia, formada por patricinhas da zona sul carioca, pesquisadores de MPB e neo-hippies dança tudo com grande empolgação. E, pelo menos parte dela, sai com a idéia de ir a sebos ou de revirar a discoteca dos avós em busca das músicas executadas.
Se por um lado a O.I. retoma elementos comuns às antecessoras, que vão da preocupação com os trajes dos integrantes ao repertório vasto — uma apresentação dura no mínimo três horas, com duas entradas —, por outro demonstra irreverência incomum em formações do tipo. Não há maestro, o naipe de metais é reduzido, o número de cantores é alto, e o rock dá as caras em arranjos e no espírito dos músicos. [revista Bravo!]
Carnaval Só Ano Que Vem - 2007
1. O Mar e o Ar
2. Não Foi em Vão
3. Ereção
4. Jardim de Alah
5. Rue de Mes Souvenirs
6. Yarusha Djaruba
7. Era Bom
8. Salamaleque
9. Ela Rebola
10. De um Amor em Paz
11. Supermercado do Amo
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